sexta-feira, 8 de abril de 2011

Genocidio em um colégio no Rio de Janeiro.

Bem abaixo esta a carta que o assasino deixou.

                Para jornais, brasileiros ‘ainda estão tentando entender’ tragédia que só parecia realidade nas manchetes internacionais
.
O massacre na escola municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, é destaque nos principais jornais estrangeiros nesta sexta-feira.

Muitos destacam o ineditismo deste tipo de acontecimento no Brasil, enquanto outros reproduzem trechos da carta deixada pelo atirador, Wellington Menezes de Oliveira, antes de se suicidar.

O diário ‘The New York Times’ destaca que, logo após a matança, os cariocas ‘buscavam entender’ a tragédia, na qual morreram dez meninas e dois meninos, com outros 24 feridos.
‘A violência urbana não é estranha ao Brasil, especialmente o tipo de violência nas favelas controladas pelas quadrilhas, que deram a esta cidade as taxas mais altas de homicídio do mundo.









Mas pensava-se que o espectro do massacre na escola era principalmente uma aflição americana’, escreve o correspondente do jornal no Rio de Janeiro.
Na mesma linha, o diário ‘Christian Science Monitor’, de Bóston, descreveu ‘uma nação em choque diante do seu primeiro massacre escolar’.
Na Espanha, o ‘El País’ afirma que ‘os brasileiros só tinham notícia de matanças perpetradas em escolas através das reportagens do exterior’.
‘A tragédia convulsionou a todo o país por inédita’, escreve o correspondente do jornal espanhol no Rio.
Ainda na Espanha, o ‘El Mundo’ dedica uma página inteira à tragédia, sob o título ‘Dez minutos de disparos e gritos de desespero’.
‘Se é inquietante a frieza com que Wellington cometeu um assassinato após outro na mesma escola onde havia estudado anos atrás, preocupa também o conteúdo religioso da carta que deixou escrita’, afirma a reportagem do ‘Mundo’.
Na Grã-Bretanha, o jornal ‘The Guardian’ também destaca trechos da carta deixada por Wellington, que o diário considera cheia de ‘divagações’ e ‘bastante incoerente’.
Columbine ao sul do Equador
Na Argentina, o jornal ‘La Nación’ prepara um histórico de incidentes semelhantes no mundo. O da escola de Columbine, em Littletone, nos EUA, é um dos mais lembrados da lista.
No incidente, dois jovens abriram fogo contra alunos da escola antes de se suicidar em abril de 1999, deixando 13 mortos.
O mais sangrento, segundo o jornal, foi o ocorrido na universidade Virginia Tech, em Blacksburg, também nos EUA, oito anos depois de Columbine. Um estudante de origem sul-coreana matou outros 33 antes de tirar a própria vida.
Na Argentina, o ataque de um jovem de 15 anos contra seus colegas, que deixou três mortos em 2004, teria sido o primeiro deste tipo na América Latina.
‘Jamais havia ocorrido um episódio deste tipo no país; os brasileiros se assustaram e a classe política se mobilizou para tentar dar mostras de tranquilidade e assegurar que serão tomadas as medidas necessárias para evitar que uma tragédia deste tipo volte a acontecer’, escreveu o diário argentino.
Já o ‘Clarín’ entrevistou o sociólogo argentino Julio Waiselfisz, que há 12 anos faz um mapa da violência no Brasil.
O especialista diz que, apesar de inédita, a matança ‘não surpreende, em um contexto social onde as armas estão ao alcance de qualquer mão e onde a solução dos conflitos muitas vezes termina com a morte do outro’.

Carta deixada pelo assassino:
















Foto do infeliz:
Foto do infeliz morto:

1 comentários:

Sr. Maycosoft, você que é um infeliz. Por que?

Você postou isso mostrando a SUA opinião, sendo que primeiramente, deve-se fazê-la de modo impessoal... Não quero inferir nada a seu respeito, mas é porque sou formado em jornalismo, psicologia e presto para direito agora, rsrs.

Ao falar de Wellington Menezes, você o descreve como "infeliz". Me desculpe, mas infeliz é você que acha ser melhor do que ele. Qualquer um que se ache superior a outra pessoa, se torna inferior a mesma. Não falei que você é pior que ele, só que você se tornará pior que ele por se achar melhor, entende?

Acredito, na verdade, tenho certeza que você postou isso sem ao menos ter procurado saber sobre a vide desse "infeliz" que você tanto fala mal.

Procure fazer as coisas com maior seriedade, digamos assim, caso contrário, você não conseguirá ter uma boa qualificação. Digo, a reportagem está "boa", mas você precisa tomar mais cuidado com essas besteiras.

Você cometeu um gravíssimo erro: botar o lado pessoal nessa história. Você deve ser totalmente profissional, mesmo que saibamos de quem realmente é a culpa de tudo.

Eric Tamay, editor jornalístico do G1 - O portal de notícias da Globo.

Postar um comentário

>